ENCONTRO #10 – Rafael Elfe toca “Sign on the window”

Durante seu exílio em Big Pink, Dylan dedicou-se à vida familiar e criou algumas de suas canções mais leves e celebratórias. “New morning”,  belo álbum deste período, traz clássicos como “If not for you” e a magnífica “Sign on the window”, que aqui recebe versão inspiradíssima de Rafael Elfe!

 

Encontro #9 – El Forastero toca “Wiggle wiggle”

Após o sucesso de crítica que foi “Oh Mercy”, Dylan lança seu primeiro álbum da década de 90, “Under the red sky”. O disco foi um fracasso, mas, como em todas as obras dylanescas, sustenta suas pérolas. “God knows” e “Born in time” se destacam como duas das melhores composições do período, e as divertidíssimas “Wiggle wiggle” e “Handy Dandy” parecem resgatar o clima descontraído e festivo das clássicas gravações da Sun – que Bob sempre amou e teve como referência.

Wall Willians e seus Forasteros lançam agora uma audaciosa reimaginação de “Wiggle wiggle”, com direito a violões e muitos banjos!

 

Encontro #8 – Vermelho Vivo toca “It ain’t me babe”

Em 1964, quando Dylan terminou de gravar seu quarto disco, a gravadora o forçou a nomeá-lo “Another side of Bob Dylan”. Repleto de canções de amor, o álbum ia na contramão do que muitos esperavam do “artista engajado”, a “voz de sua geração”. Mas Bob nunca quis ser a voz de sua geração. Ele sequer gostava de ser considerado um artista engajado. Motivo pelo qual detestou o título e parece não ter entendido a reação do público ao seu próximo passo: a conversão à eletricidade e a imersão no mundo do rock.

“It ain’t me, babe”, a última faixa de “Another side” e uma das mais famosas canções do cânone dylanesco, é destaque desse oitavo encontro, recebendo aqui o tratamento da galera do Vermelho Vivo!

 

Encontro #7 – Babi Mendes canta “Shooting star”

“Oh mercy”, lançado por Dylan num período em que lutava para se reencontrar e tornar relevante novamente, é considerado por muitos o seu melhor disco da década de 80. Primeira parceria com o genial produtor Daniel Lanois (com quem voltaria a trabalhar anos depois em “Time out of mind”), o álbum aparenta ser um trabalho muito caro a Bob, que dedicou à sua composição e gravação um capítulo inteiro da autobiografia “Chronicles, vol.1”.

“Shooting star”, sua faixa de encerramento, é também uma das mais belas baladas country escritas por Dylan. Aqui, ela recebe uma interpretação inspiradíssima, assinada pela fantástica Babi Mendes!

 

ENCONTRO #6 – Isabella Bretz toca “Make you feel my love”

O período que se estendeu a partir de meados da década de 80 não foi dos mais felizes para Bob Dylan. Após sua “fase cristã” e uma série posterior de álbuns pouquíssimos inspirados, muita gente pensou que sua carreira havia chegado ao fim. Não tinham ideia da reviravolta que estava por vir! Lutando para se reconectar com a linguagem folk e se reinventar como instrumentista e cantor, Dylan lançou, em 97, “Time out of mind”. Considerado por Elvis Costelo como o melhor álbum que Bob gravou em toda sua vida, TOoM venceu uma porção de grammys, vendeu como água e colocou o nome do bardo novamente no mapa, marcando um dos casos mais impressionantes de ressurreição artística da história do pop.

 

Deste disco colossal, faz parte a melancólica “Make you feel my Love”, aqui interpretada pela cantautora mineira Isabella Bretz!

 

Encontro #5 – Januei toca “One more cup of coffee”

Muitas são as histórias que cercam “Desire”, o décimo sétimo álbum de Bob Dylan. Precedendo o início da turnê Rolling Thunder Revue – uma das mais loucas aventuras chefiadas por Bob –, o disco parece impregnado pelo clima errático e colaborativo que marcou sua gravação. Contendo a participação de dezenas de colaboradores e representando atmosferas extravagantes, “Desire” segue, até hoje, como uma das obras mais populares do cânone dylanesco, sendo considerado por muitos o último grande álbum da”fase pré-cristã”.

É nele que encontramos “One more cup of coffee”, reinventada pelos talentosos membros do Januei – aqui, acrescentando um delicioso toque latino à mistura!

 

ENCONTRO #4 – Arthur Matos toca “Goin’ to Acapulco”

Bob Dylan nunca escondeu sua dívida para com a tradição do cancioneiro americano. Seguindo os passos de mestres como Woody Guthrie, Leadbelly e todos os gênios-sem-nome que os precederam, ele sempre se considerou um músico folk antes de um astro pop. Em função disso, durante seus anos de “exílio” em Big Pink, resolveu retornar por completo ao passado, mergulhando na música que mais ama e, conseqüentemente, criando algumas de suas mais potentes composições. São dessa fase o antológico álbum “John Wesley Harding” e as “Basement tapes”, consideradas pelo grande crítico Greil Marcus “um experimento instintivo, (…) um laboratório onde, por alguns meses, elementos fundantes da linguagem cultural americana foram restaurados e reinventados”.

“Goin’ to Acapulco” é um dos destaques dessa preciosa antologia – e aqui recebe uma bela versão de Arthur Matos.

 

Encontro #3 – Lupe de Lupe toca “Idiot Wind”

Parte do seminal “Blood on the tracks”, “Idiot wind” é considerada por muitos uma das melhores composições de Dylan. Firmando-se, ao longo dos primeiros versos, como uma estranha narrativa, sua letra logo se desintegra e transforma numa torrente de imagens surreais, repleta de violência, ironia e melancolia.

Para nosso terceiro Encontro, o Lupe de Lupe apresenta sua versão, carregando ainda mais no rock n’ roll!

 

ENCONTRO #2 – Doutor Jupter toca “Blowin’ in the wind”

Lançada, originalmente, em “The Freewheelin’ Bob Dylan” (1963), segundo álbum de Dylan e primeiro a focar, sobretudo, em composições próprias do autor, “Blowin’ in the wind” se tornou um marco. Associada a importantes causas – destacando-se o Movimento dos Direitos Civis, que a abraçou como hino durante a década de 60 –, a canção despontou como o primeiro grande sucesso do compositor, tendo sido, segundo Howard Sounes, “a chave para tudo mais.(…) Aquela música fez tudo acontecer”.

Marcando o segundo de nossos Encontros, “Blowin’ in the wind” recebe agora versão da galera do Doutor Jupter!

 

ENCONTRO #1 – BROKEN CUPS toca “You’re gonna make me lonesome when you go”

Após anos de tranqüilidade ao lado da família, afastado do circo midiático que costumava segui-lo, Dylan enfrentou um divórcio e foi forçado a se reinventar (mais uma vez). Nesse período, lança o seminal “Blood on the tracks”, meditação dolorosa sobre a natureza das relações e dos desencontros amorosos.

“You’re gonna make me lonesome when you go”, um dos destaques do disco, recebe aqui nova versão assinada pelos Broken Cups – e dá a largada para nossos Encontros Dylanescos!